Números da doença vêm caindo mostram dados da Fundação Seade
No Estado de São Paulo, ocorreram 22,9 óbitos por 100 mil em 1995, 7,6 em 2010 e 3,8 em 2021
A mortalidade por Aids no Estado de São Paulo caiu 78% desde 1995, quando ocorreu o pico de mortes pela doença. Os dados são da Fundação Seade do Governo de SP em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde, e estão em ritmo de queda ao longo do período.
Os números de 1995 apresentavam 7.739 óbitos, sendo 5.850 entre os homens e 1.889 entre as mulheres, contra 1.719 em 2021, com 1.237 entre a população masculina e 482 na feminina. As taxas de mortalidade por Aids apontam visível queda em todas as regiões, com comportamentos diferenciados entre elas. No Estado de São Paulo, ocorreram 22,9 óbitos por 100 mil em 1995, 7,6 em 2010 e 3,8 em 2021.
“Os dados da atual pesquisa demonstram um resultado positivo das políticas públicas desenvolvidas ao longo dos anos pelo Programa Estadual de IST/Aids e uma conscientização da população com relação aos métodos de prevenção”, destaca o coordenador do Centro de Referência e Treinamento de DST/Aids de São Paulo, Alexandre Gonçalves.
No início da década de 1990, quase 90% dos óbitos eram de pessoas com menos de 44 anos. Com a introdução de novos tratamentos e melhorias na qualidade de vida dos portadores da doença, a sobrevida foi aumentando e, em 2021, há maior participação de pessoas com idade acima de 45 anos, que passaram a responder por quase 60% dessas ocorrências.
A idade média ao morrer evidencia o ganho trazido com os tratamentos oferecidos aos portadores de Aids. Em 1990 esse indicador era 33 anos para os homens, superior ao das mulheres (29 anos). Essa idade ampliou-se gradativamente para ambos os sexos, sendo que, desde 2015, a feminina passou a superar a masculina, chegando em 2021 a 49 anos para elas e 47 para eles.
“O avanço nos tratamentos são um motivo para comemoração neste Dia Mundial de Luta contra a Aids, mas também trazem um alerta importante para a necessidade da conscientização sobre a importância do uso de métodos preventivos, como a camisinha, entre outros métodos de prevenção combinada. Apesar dos tratamentos terem maior eficácia, não podemos deixar de lado a prevenção”, afirma Gonçalves. Os dados do estudo podem ser acessados em https://informa.seade.gov.br.