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Em ‘Elas por Elas’, atriz retorna às novelas como a vaidosa Lara

As novelas são marcadas por serem um trabalho coletivo do começo ao fim. Não à toa, Deborah Secco começou a encontrar os primeiros caminhos da afetada Lara, de “Elas por Elas”, ao chegar para as primeiras leituras e encontros com o elenco antes do início das gravações. Isso porque toda a personalidade da personagem vem a partir das interações com suas colegas de cena: Késia, Isabel Teixeira, Thalita Carauta, Maria Clara Spinelli, Mariana Santos e Karine Teles, que vivem Taís, Helena, Adriana, Renée, Natália e Carol. “Acho que criamos e moldamos uma família. Tenho brincado em cena e isso tem se mostrado um acerto para mim. É um clima leve e gostoso. Acho muito importante toda essa sinergia em um trabalho. Afinal, ficaremos um ano juntos. Difícil um projeto com toda essa energia dar errado. Estou bem feliz com todos os resultados”, explica a atriz de 43 anos.
Na história baseada na trama original de Cassiano Gabus Mendes, Lara é a responsável por reunir as amigas novamente após 25 anos. Quando o marido morre, percebe que sua história era uma farsa e dá um novo rumo para a sua vida. Se aproxima de Mário, papel de Lázaro Ramos, quando o contrata para descobrir quem era a amante de Átila, de Sergio Guizé. “Lara é uma personagem divertida, com uma história muito bonita. Ela fica louca para descobrir quem era a amante do marido. Vai ser um duro golpe descobrir que era a Taís. Torço para termos boas sequências de revelação nesse momento e estou ansiosa por essas cenas”, aponta.

A trama de “Elas por Elas” é uma releitura da obra original exibida em 1982. Como tem sido a construção da Lara nessa nova versão?
Eu sinto que a Lara é um pouco inédita. Claro que há semelhanças com a personagem vivida pela brilhante Eva Wilma. Mas sinto que a personagem foi atualizada e é pouco inédita. Temos uma versão muito atualizada aos tempos de hoje. Eu quis que a Lara fosse uma criação de muitas mãos.

Como assim?
Eu cheguei para fazer a Lara sem muita ideia do que propor ou fazer. Lendo o texto, eu fui criando um pouco essa personagem quase infantil, divertida, ingênua e encantada com a vida. A Amora (Mautner, diretora) me trouxe uma liberdade em cena que me fascina, sabe? Estou me divertindo muito. Está um trabalho leve e gosto. Isso é muito importante para um projeto tão longo. Vamos ficar envolvidos com a novela por um ano. Estamos trabalhando na chave do afeto.

Logo no primeiro capítulo, a Lara descobre que estava sendo traída, mas não imagina que uma de suas melhores amigas era a amante do marido. Como essa mentira irá impactar na vida da personagem?
Quando eu comecei a pensar na Lara, eu entendi que essa mentira iria fazer a vida dela começar. A gente julga a mentira como algo ruim, mas, no caso da Lara, a mentira dá um start na vida dela. É o momento de reencontro com ela. Talvez, ela tenha vivido de um jeito que ela não gostava de ser. Essa mentira a coloca em confronto com ela mesma.

Você chegou a ver algo da versão original ou preferiu seguir por uma construção totalmente nova?
Eu vi bastante coisa da obra original. Mas, como a novela é uma releitura, minha personagem é muito original. Então, não fico me apegando a nenhum detalhe da primeira versão. Mas amo ver a novela original. Adoro acompanhar as cenas do Luis Gustavo (Mário Fofoca). Gosto de pegar a energia. Minha construção foi toda baseada no texto e nas trocas com a Amora. A Lara é meio louca, mas pé no chão. Uma montanha russa de emoções.

A novela é mais uma incursão sua pelo humor. Estava com saudade do gênero?
Eu adoro humor. É um território que já me trouxe muitas alegrias na vida. Foi com a Amora que eu construi a Darlene (“Celebridades”). Estou me divertindo muito. As gravações são um parque de diversões. Mas a Lara, na verdade, é uma personagem de dramédia. Ela traz alguns dramas na vida dela.

Além de “Elas por Elas”, você também está envolvida com as gravações da segunda temporada de “Rensga Hits”. Como tem funcionado essa divisão?
Está uma loucura total. Cada hora eu estou em uma frequência diferente. Tem hora que eu faço sotaque goiano e outras estou mais afetada. Nem sei como faço essa virada de chave. Mas “Rensga” é um projeto muito especial. Não podia deixar de participar. É muito legal ter a chance de fazer algo que nunca fiz. Depois de 33 anos trabalhando, a gente fica procurando fazer coisas que nunca fez. A Marlene foi uma busca minha, uma opção minha.

De que forma?
A ideia inicial da Marlene era fazer uma personagem mais sexy. Mas eu quis ir por outro caminho. Corri atrás para a gente levar a Marlene para os bastidores e colocar ela mais masculina. O mundo do sertanejo tem muito isso do patriarcal.

Nessa nova temporada, a sua personagem retornará cantando. Como tem sido essa experiência com o canto?
Eu faço a segunda voz da Fabiana (Karla), o que é mais difícil do que a primeira (risos). Não sou cantora, mas já cantei para outros personagens. Acho que ficou bem legal, a música está muito bonita. Estamos cercados de uma equipe musical muito boa. Acho que os melhores do Brasil. Fizeram um milagre com a minha voz (risos). Nem parece que sou eu cantando.

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