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Em “Vai na Fé”, Sheron Menezzes estreia no posto de protagonista

Sheron Menezzes acaba de estrear uma nova etapa de sua carreira. No ar como a protagonista Sol, de “Vai na Fé”, novíssima novela das sete, a atriz de 39 anos faz questão de valorizar cada momento de sua trajetória diante das câmeras. No ano em que celebra 20 anos na televisão, Sheron inicia sua terceira década de carreira em um posto totalmente inédito nas novelas. “Não comecei almejando isso (ser protagonista). Comecei atuando querendo mostrar meu trabalho”, afirma.
Em “Vai na Fé”, Sol é uma mulher batalhadora, moradora de Piedade, subúrbio do Rio de Janeiro. Ela vende quentinhas no centro da cidade. Casada com Carlão, papel de Che Moais, e mãe de Jenifer e Duda, interpretadas por Bella Campos e Manu Estevão, ela faz parte do coral da igreja. Na juventude, Sol gostava de ir, aos finais de semana, ao baile funk, sem o conhecimento dos pais. O tempo passou e Sol seguiu a vida sem nunca perder a doçura, valorizando as alegrias diárias, especialmente em família. Agora, por um acaso do destino, ela vai parar nos palcos para fazer algo que ama: cantar e dançar. “A Sol está em muitas mulheres. Ela tem uma série de problemas, mas enfrenta tudo com um sorriso no rosto. Acho que é uma trama de uma mulher real. Há uma identificação enorme”, valoriza.

Em “Vai na Fé”, você estreia no posto de protagonista de uma novela. Como está sendo encarar essa função pela primeira vez?
É um momento especial da minha carreira e estou muito feliz. Não comecei nessa carreira almejando isso (ser protagonista). Comecei querendo mostrar meu talento. Ser protagonista é a consequência de um bom trabalho, que vem sendo feito há 20 anos. A televisão aglutina muita coisa. Sou celebridade, sou influencer, sou blogueira… O mundo de hoje é feito de tudo. Mas, ainda assim, minha base e meu estudo foi para ser atriz.

A trama da Sol mostra a rotina de uma mulher brasileira e batalhadora. O que aproxima o enredo da Sol do público?
A Sol vem em um momento muito importante. A gente precisa ter fé. Voltar a ter fé. Fé para acordar e tocar o dia. Ir trabalhar, voltar para casa, levar as crianças para a escola… A Sol é uma protagonista mulher que tem seus problemas, mas levanta com um sorriso no rosto para tocar um dia longo de trabalho. Muitas mulheres têm esse dia a dia. Acho importante que a novela traga essa identificação. Quem assistir à trama vai ver situações ou personagens para se identificar. Como expectadora, eu adoro isso. Estamos falando de mulheres pretas, famílias pretas… Me sinto muito próxima da trama da Sol.

Como assim?
Ela é uma mulher real, uma mulher que você encontra em qualquer ambiente. Eu sou uma Sol. Tenho de lidar com muita coisa. Cuido de uma casa, de um casamento, de um filho, estudo, trabalho, tenho uma família muito conectada… A Sol abre mão de muitas coisas para si mesma para fazer pelos outros. Toda mulher já sofreu com isso também.

A trama de “Vai na Fé” é seu segundo trabalho com a autora Rosane Svartman. Como é a relação entre vocês?
Eu amo o texto da Rosane. “Bom Sucesso” foi um sucesso (risos). Foi minha primeira novela depois da maternidade. Foi uma delícia voltar às novelas em um texto tão bom. Tive um hiato por causa da maternidade, mas depois tive outro por causa da pandemia. E minha volta de novo com a Rosane. O texto dela é incrível, muito pé no chão. Todo mundo vê um personagem e vai encontrar um ponto de identificação. Gosto muito disso.

Ao longo da trama, a Sol será backing vocal e dançarina da banda do cantor Lui Lorenzo, papel de José Loreto. Qual era a sua proximidade com o canto e a dança antes da novela?
Cantar e dançar são coisas que eu amo fazer, mas morro de vergonha. Por coincidência, eu venho de outro trabalho que precisei cantar e dançar. Então, tive de passar por essa vergonha antes também (risos). Mas eu passei por cima da vergonha. Tenho gostado muito e me descoberto nesse lugar da dança. Tenho entendido o que eu consigo fazer, cada cena é a chance de fazer algo que eu sempre gostei e sempre mexeu comigo. Eu não fazia por medo, mas hoje preciso fazer para o meu trabalho.

E como foi encarar a primeira cena de canto e dança?
Fiquei muito feliz de ver que consigo fazer. Penso: “Meu Deus, eu consigo fazer isso na frente das pessoas mesmo”. Confio muito na direção também. O diretor fala que está bom e eu fico tranquila. Sempre pergunto se ficou ok ou se querem que faça de novo. Tenho de confiar na direção e, por isso, é muito bom ter alguém do lado no set. É muita coisa ao mesmo tempo. Tem de confiar na direção. Comecei a preparação antes de todo o elenco por conta da dança e do canto, mas confesso que foi mais fácil do que eu imaginava.

Como a trama da Sol irá abordar a questão da religião evangélica?
Eu não estou preocupada com a repercussão ou a abordagem dessa questão da religião. A Sol e a novela falam de fé. Todo mundo tem fé. Todo mundo tem fé em alguma coisa. Quem não tem fé hoje em dia?

Antes de “Vai na Fé”, você integrou o elenco da série “Maldivas”, da Netflix. Estava com vontade de voltar aos folhetins?
Eu adoro fazer novela. Faço novela há mais de 20 anos. Estreei na tevê nas novelas. É uma coisa que eu sei fazer e eu gosto de fazer. A novela, claro, tem um lugar especial na minha trajetória, mas é muito bom também fazer uma coisa diferente. Eu fiz, gostei e agora voltei. É uma liberdade? Sim. Mas também é uma maturidade de poder fazer boas escolhas.

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