Tadeu Schmidt tenta dar leveza na apresentação do ‘reality’ 0 7113

O bom humor de Tadeu Schmidt extrapola o vídeo. Bem articulado e com jeito de quem sabe o que quer, ele extravasa de entusiasmo ao falar sobre sua presença à frente da atual temporada do “Big Brother Brasil”. Fã do programa desde a primeira temporada, o nome de Tadeu sempre esteve nas especulações sobre possíveis apresentadores do “reality”. O sonho se tornou realidade e ele faz questão de defender o formato de forma contundente. “Acho que é o programa de televisão perfeito. Um jogo que equilibra ação, emoção, vilania e pautas importantes onde o participante ganha ao esquecer as câmeras e mostrar quem ele realmente é. É entretenimento puro. Mas também é uma janela importante para observação do comportamento humano”, analisa.
Natural da ensolarada Natal, capital do Rio Grande do Norte, e irmão do jogador de basquete Oscar, a influência do esporte na carreira jornalística de Tadeu é evidente. Seu jeito espontâneo de tratar o tema foi fundamental para seu início na Globo, onde começou como repórter em Brasília, para depois ser contratado pela matriz no Rio de Janeiro. Com passagens pelo “Bom Dia Brasil” e destaque em coberturas de eventos esportivos internacionais, o jornalista chegou ao “Fantástico”, em 2007, para apresentar o bloco esportivo. Adaptado ao ritmo do programa e já conhecido do público, acabou virando um dos apresentadores do dominical após a reformulação ocorrida no final de 2011. Após uma década como âncora, a despedida foi difícil, mas necessária. Aos 47 anos, ele se mostra feliz com as novas oportunidades. “Vivi coisas incríveis ao longo desses anos, mas acho importante me movimentar, fazer coisas novas e conhecer outros profissionais”, ressalta.
Muito antes de comandar o “Big Brother Brasil”, você já era fã do programa. Como recebeu o convite para apresentar o “reality”?
Com surpresa. E logo fiquei empolgadíssimo, feliz da vida mesmo. Sei a importância e o tamanho que tem o “Big Brother Brasil”. Acho o programa genial e curto como fã desde a primeira edição. Assistia para ver o desempenho do Pedro Bial e, depois, do Tiago Leifert. Eu apreciava assistir. Via também pelos “VTs”, que são muito divertidos, e para observar a conexão das pessoas, as características psicológicas, como elas se revelam.
Há anos que seu nome está na lista de possíveis apresentadores do programa. Você ficou frustrado quando o Leifert foi escolhido para substituir o Bial?
Não. Até porque, era mais especulação mesmo (risos). Engraçado que, muito antes de o Bial sair, ficava pensando como seria estar ali, qual seria o meu jeito de apresentar. Nessa mesma época, estavam especulando quem poderia apresentar o programa no lugar dele e falaram meu nome, junto ao de outras pessoas. Não aconteceu, mas achei muito legal terem lembrado de mim.
Agora que aconteceu, como foi sua preparação para assumir o posto?
Assisti e reassisti a muita coisa, incluindo toda a edição anterior. Antes, acompanhava o “Big Brother Brasil” como um espectador, que pode assistir em um dia e perder noutro. Depois que virei apresentador, além de conversar com a equipe, claro, mergulhei na história do programa para entender tudo melhor e ficar mais íntimo do “reality”.
O programa está no ar há mais de duas décadas e sem muitas mudanças na equipe. Você se sentiu bem recebido nos bastidores?
Extremamente. Eu era pura expectativa e empolgação. Estou aprendendo muito com as pessoas da equipe, que têm tanta experiência no programa, e também tive total liberdade para criar minha maneira de apresentar. Já está sendo muito especial. Fico feliz de, em pouco tempo, já ter criado uma conexão real não somente com os técnicos que fazem o programa funcionar, mas com o público também.
A fidelidade e participação dos fãs ao longo da temporada é intensa. Você teve receio de cometer alguma gafe e ser “cancelado” nas redes sociais?
Todos estão sendo muito carinhosos comigo. Se tem uma coisa que eu aprendi na minha vida foi lidar com torcida (risos). Os anos dedicados ao esporte a à frente do “Fantástico” são de grande valia. O programa me fez ver que o torcedor usa o coração. O mesmo cara que é superequilibrado e centrado, na hora que vai para a torcida, enlouquece! Desta forma, entendi que não dá para ficar chateado com o torcedor.
Como tem sido a repercussão?
Muito positiva. No início, me assustei com o tanto de gente me seguindo nas redes sociais. Mas a chegada dos fãs me deu um pouco mais de segurança porque antes da estreia, já existia uma troca muito interessante. Ainda não tinha visto essa fidelidade no público de televisão. Hoje sei que ela é o segredo da durabilidade do programa na grade.
Agora que você está tão íntimo do formato, toparia integrar o elenco do “camarote” de uma futura edição do “BBB”?
Eu adoraria ser um “brother” pela experiência de ficar em um lugar fechado, em uma convivência intensa, sendo cercado pelas câmeras e com todo mundo vendo o que está acontecendo. Mas, sobretudo, por estar participando de um jogo. Eu fui atleta, minha família é de atletas. Um jogo em que o caminho para a vitória não é a minha velocidade, a minha força ou o meu talento e, sim, o meu jeito, a maneira como eu ajo e me posiciono diante das coisas, o meu caráter, a minha simpatia. A proposta é incrível!
Você acha que conseguiria levar o prêmio de R$ 1,5 milhão para casa?
Não posso garantir nada. Só sei de uma coisa: entraria nessa experiência de cabeça! A presença no “Big Brother Brasil” não pode ser desperdiçada. O público não perdoa quem não respeita a história e a dinâmica do programa.

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