Peso da mochila e visão das crianças requerem atenção 0 840

O excesso de peso pode causar doenças graves e interferir no crescimento das crianças e jovens

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 70% dos problemas de coluna na fase adulta têm como causa o efeito cumulativo do excesso de peso carregado na infância e adolescência. Por outro lado, a visão saudável na infância é primordial para o desenvolvimento e aprendizagem.
“Um dos problemas agravados pelo excesso de peso na mochila é a escoliose – quando a coluna apresenta uma curvatura em forma de “S” -; a cifose e a lordose são outros problemas que, dependendo do grau de gravidade, podem demandar sessões de fisioterapia ou, em casos extremos, levar até a intervenções cirúrgicas. O excesso de peso, além das complicações citadas, pode interferir também no crescimento das crianças e jovens, uma vez que elas tendem a se curvar para suportar o peso da mochila e, com isso, vão acostumando mal a coluna”, destaca Cadu Ramos, fisioterapeuta.
Além de respeitar os limites de peso recomendados, Ramos destaca a importância de crianças distribuírem o peso das mochilas, utilizando sempre as duas alças aos ombros ou mochilas com puxadores de mão e rodinhas e ainda observar a altura da mala em relação a elas. Porque a criança não deve se curvar para um lado enquanto tenta puxar a mochila.
Quando o assunto é a visão dos pequenos, o oftalmologista Halim Féres Neto, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, as doenças oculares infantis mais comuns são miopia, astigmatismo e hipermetropia. “Além disso, há algumas alterações silenciosas que podem atrapalhar o desempenho escolar, como a ambliopia. Conhecida popularmente como “olho preguiçoso”, a criança com essa condição tem apenas um olho bom, já que o outro não se desenvolve”, detalha o especialista.
Há também os casos de estrabismos que, às vezes, não são aparentes, mas atrapalham a concentração para ler. Além disso, Féres ainda cita os quadros de deficiências da visão das cores, conhecidas como “daltonismo”. “Elas são muito mais comuns do que imaginamos, podendo estar presente em uma a cada 12 crianças”, completa o oftalmologista.
O especialista explica que a criança deve estudar com uma boa iluminação, de preferência natural, e com uma distância adequada para ler. “Além disso, é preciso ter a certeza de que a criança está conseguindo desempenhar as tarefas sem esforço visual excessivo. Para isso, é necessário saber se os olhos estão saudáveis ou se é necessária alguma correção com óculos, por exemplo”, cita Féres.

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