Cauã Reymond se blinda para viver o malandro César 0 2418

A relevância e os comentários do horário nobre são amplamente conhecidos por Cauã Reymond. Por isso mesmo, o ator de 45 anos sabe que, ao entrar em um projeto das nove, algumas questões externas precisam ficar do lado de fora dos estúdios. No ar em “Vale Tudo”, Cauã, que vive o malandro César, se blindou de quase tudo que ia além do texto adaptado por Manuela Dias e dirigido por Paulo Silvestrini. “Estamos fazendo um clássico e cada um tem que encontrar à sua maneira de fazer esse clássico. É uma nova direção, um novo texto, uma nova ‘Vale Tudo’”, afirma.

Em “Vale Tudo”, César é um modelo mau caráter que se envolve com Maria de Fátima, papel de Bella Campos. Seu grande bilhete premiado veio em forma de uma beleza que chama a atenção e a falta de ética necessária para usar isso para se dar bem. Quando conhece Maria de Fátima, vê nela a parceira ideal para seus trambiques e se torna seu aliado no plano maléfico de conquistar Afonso Roitman, de Humberto Carrão, para nunca mais se preocupar com dinheiro. “O César é um cafajeste adorável”, defende.

Nos últimos anos, você tem engatado protagonistas e papéis de destaque no horário nobre. Qual detalhe chamou sua atenção no convite para integrar o elenco de “Vale Tudo”?
Eu nunca tinha feito um vilão em novelas. Em “Um Lugar ao Sol”, o personagem tinha um desvio de caráter, mas não era vilão exatamente. “Passione” era um dependente químico com algumas vilanias. Mas o César é o primeiro vilão mesmo que faço e estou me divertindo. Ele não é bobo. Se alguém vacilar do lado dele, ele leva.

Qual foi seu contato com a história original de Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Bassères?
Tive o cuidado de ver um pouco a versão anterior, mas não quis ver muito porque estamos fazendo um clássico e é um novo texto e uma nova “Vale Tudo”. Fiquei com medo de ficar preso ao trabalho do Riccelli (Carlos Alberto) e isso influenciar na minha construção do César. Vi algumas cenas do final, mas nem sei se posso falar porque não sei se vai se manter. Por isso mesmo, foi tão importante conversar com o Riccelli.

Como foi esse encontro?
Conversamos por telefone e pedi a benção para ele. Falei que iria calçar os sapatos dele. Sou muito fã do Riccelli. Ele é ótimo diretor e já acompanhava muito os trabalhos dele. Além de “Vale Tudo”, quero fazer “Riacho Doce” (risos). É verdade! Vou ficar falando para ver se acontece (risos). Foi uma conversa muito gostosa. Ele foi muito carinhoso e falou para que eu fizesse o meu César. Fiquei muito feliz pela forma gentil com que ele me tratou.

Desde antes da estreia, “Vale Tudo” contou com uma série de questionamentos e opiniões do público e da crítica. Como está sendo essa experiência ao longo do remake?
Está sendo muito divertido de fazer. É um personagem totalmente diferente do que já fiz em novela. Todo mundo conhece a primeira versão? Sim. Mas a gente traz um novo César, uma nova Raquel, uma nova Maria de Fátima… São esses personagens na pele de outros atores. Natural que seja outra “Vale Tudo” e com o contexto da Manuela. Tenho me sentido bastante à vontade no set.

De que forma?
Me sinto muito livre para criar. Acho que não tem ninguém sentindo esse peso da comparação.

Nos próximos capítulos, o César engata um relacionamento com a Odete Roitman. Quais suas expectativas?
Sempre estive muito ansioso para contracenar com Débora (Bloch) e com Odete Roitman. Torcia para encontrar logo com ela, uma atriz que admiro muito. Já fizemos uma novela juntos, mas nunca tinha contracenado com ela.

Você apostaria no César como o assassino da vilã?
Seria legal se fosse o César. Seria bom para mim (risos). Ia ser mais um toque de vilania. Ia ser bom para o currículo, né?

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