Cães e gatos agora também podem tomar um banho de sol dando adeus às radiações UVA e UVB. Descoberto no Brasil há cerca de três anos, o protetor solar tem a mesma importância para animais que para os humanos, pois bloqueia os raios solares, evitando os efeitos nocivos sobre a pele. E devem ser usados também no inverno. A composição do produto é parecida com a fórmula usada em seres humanos, mas há algumas peculiaridades, que são adaptadas para que o animal possa lamber as áreas em que o protetor foi aplicado sem que isso afete a sua saúde.
Focinho, orelhas, abdômen, bolsa escrotal e ao redor dos olhos são as principais regiões afetadas durante a exposição ao sol. De acordo com a médica veterinária Carla Alice Berl, cães e gatos de pele não pigmentada (rosa) e sem uma cobertura significante de pelo, não deveriam ser expostos à radiação solar, enquanto os de pele escura não apresentam tantos problemas na mesma situação. “Normalmente, os bichinhos brancos não tem pigmentação na pele e, por isso, esta é mais agredida pelo sol quando o animal é tosado – poodle e maltês, por exemplo. Se a pele clara sofrer a ação do sol intensa, causará queimaduras agudas e crônicas, que são propícias ao aparecimento de câncer de pele”, explica Carla. “Aplique o produto sempre que o bicho for sair de casa, independente do sol. Os animais com mais de oito anos têm tendência a diminuir a pigmentação da pele e por isso precisam de cuidado redobrado. Além disso, não faça a tosa completa no verão, já que a pele exposta está mais sensível”, completa.
Geralmente vendidos em forma de loção, os protetores precisam ter fator acima de 15 para garantir sua eficiência. “Todos os cães e gatos podem fazer uso do protetor solar e não há diferenciação de produtos entre as espécies. Porém, é preciso reaplicá-lo de duas a três horas, principalmente entre 10 e 16 horas, e também se houver contato com água”, explica a médica veterinária Tatiane Fernandes.
Segundo ela, os protetores solares para bichos normalmente são resistentes à água e podem ser encontrados em grandes pet shops de todo o País, com preços que variam de R$ 30 a 40. “Uma das dificuldades é evitar que o animal lamba o protetor antes da sua absorção, que leva cerca de 15 minutos. Então, aconselhamos o dono a recompensá-lo com brinquedos, palavras de incentivo e passeios”, diz.
BEM-ESTAR DO SEU PET
Cães e gatos, como não suam como os seres humanos, diminuem a temperatura do corpo pela respiração. Em dias de sol ou calor intenso, os veterinários alertam sobre a importância de verificar se o animal fica ofegante. “Se o bicho estiver com a temperatura do corpo muito alta, molhe-o com água fria, embrulhe-o em uma toalha úmida e leve-o para o veterinário o quanto antes. A hipertermia (temperatura do corpo elevada) é um processo grave e que pode levar à morte”, indica Carla.
Em geral, nunca se deve submeter os animais a situações de intenso calor ambiental como banho e tosa em dias quentes, passeios em horários mais quentes e úmidos, horas dentro de um carro parado ou a viagens longas, que possam lhes causar estresse. Como dica, Carla acrescenta: “o pelo mais baixo pode ajudar o cão na manutenção da temperatura, no controle de pulgas e carrapatos e também facilita os banhos e a secagem, que devem ser sempre em temperatura morna à baixa”.
E não se esqueça: antes de sair de casa, sempre aplique o protetor solar em você também, afinal vocês merecem um bom banho de sol e muita saúde. Bom passeio!