Lançado pela gravadora EMI, “Uma História Assim”, o mais recente trabalho do cantor Rodriguinho, já colocou a música que dá nome ao CD no Top 20 Brasil. Além da turnê que percorre as principais cidades do país, suas composições lhe renderam a oportunidade de ser o primeiro artista digital de sua gravadora, com todas as suas músicas disponíveis no You Tube. Gravado ao vivo no Rio de Janeiro, “Uma História Assim” também reserva outra novidade. Além do CD com 16 músicas, incluindo releituras de grandes sucessos do grupo “Os Travessos”, como “Sorria que estou te filmando” e “Quando a gente ama”, dois DVDs – um do show e outro de um filme – também passaram a ser vendidos nas lojas. Produzido e dirigido por Rodriguinho, a trama caminha por várias vertentes e tem como tema central a família.
O cantor, que nasceu em Bauru, cidade do interior de São Paulo, começou sua carreira muito cedo. Aos 7 anos de idade já fazia parte do grupo de samba infantil “Toca do Coelho”. Depois passou a integrar o grupo “Moleque Travesso”, que mais tarde virou “Os Travessos”. Foi quando tudo aconteceu. “Foram dez anos de muito trabalho árduo e muita exposição na mídia”, relembra.
Com essa superexposição, vieram também os fãs clubes pelo Brasil e a presença quase que diária na mídia. Mas como lidar com tudo isso? “Não foi fácil, mas me considero uma pessoa acessível e sempre fiz questão de estar perto dos fãs. São eles que mantêm a carreira do artista. E isso é muito claro pra mim. Minha mãe até hoje cuida do meu fã clube e me ajuda a manter o contato com todos. Não há razão para ser diferente. Gosto de retribuir todo esse carinho.”
HORA DE PARAR
Rodriguinho diz que tudo que conquistou deve aos “Travessos”. “Também aprendi muito nesse período da minha vida. E o mais importante: amadureci. Não digo só por mim, mas por outros artistas que estavam no centro dos holofotes na época. Devido a tudo que passamos, conseguimos hoje manter nossas carreiras com muito mais consciência e serenidade.”
Estando no auge, por que parar? “Tive um desentendimento muito grande com o empresário e num determinado momento vi que não dava mais. A situação chegou ao ponto de atrapalhar até a minha vida pessoal. Foi difícil, como se estivesse saindo de casa, entende? Então, aproveitei o respaldo do nome que tenho em todo o país e resolvi cantar sozinho. Na época fazia cerca de 15 shows por mês, inclusive no exterior. Só não estava atuando no cenário musical de São Paulo.”
Outra grande mudança veio em meados de 2005. “Me converti, virei evangélico e comecei a ter outra visão das coisas. Não queria aparecer simplesmente pelo fato de estar em um determinado local. Comecei a mudar o foco de tudo na minha vida. Foi também nessa fase que surgiu a parceria com o cantor Thiaguinho, do grupo ‘Exaltasamba’, quando deixei evoluir o meu lado compositor. ‘Livre para voar’ foi a música mais tocada nas rádios em 2007, e ‘Palavras de Amigo”, em 2008. A brincadeira virou coisa séria e hoje a maioria dos sucessos do ‘Exaltasamba’ frutifica essa união.”
NOVOS DESAFIOS
Rodriguinho não se limitou à carreira de cantor. Virou empresário e abriu um salão de beleza no Tatuapé, o Unidade Fashion. No mesmo bairro, comprou um estúdio de ensaio e gravação e, além de produtor musical, criou o selo F-Unit Music. Por ele, já lançou alguns trabalhos. Entre os artistas estão a apresentadora infantil do Bom Dia & Cia., do SBT, Priscila Alcantara; e a cantora Denise Bittencourt; ambas gospel. “Agora estamos finalizando o trabalho do meu irmão, Daniel, que é quem dirige o F-Unit. Aguardem, pois em breve vamos lançar no mercado o CD de hip hop de Amsterdam”.