Um novo talento no ar 0 6610

Morador do Belenzinho, Giovanni Gallo está no elenco da novela I love Paraisópolis, na TV Globo

O papel de ator global pode não ser o de um protagonista, ainda, mas a contar pelo currículo desse jovem ator de 19 anos, somados ao talento nato, muito carisma e profissionalismo, apoiados numa postura de humildade, Giovanni Gallo vai longe.

Não se trata apenas de mais um rostinho bonito a despontar nas telinhas e telonas como os inúmeros que surgem. Giovanni quer mais, sempre mais. E sua marca principal é falar aos jovens e adultos com o objetivo de fazer a diferença através de sua arte, seja protagonizando o seriado juvenil Pedro e Bianca (2012), da TV Cultura, que lhe rendeu um prêmio, o Emmy Kids Internacional para a melhor série de 2013, ou fazendo comerciais publicitários para a TV, além de curtas e longas metragens.

Aliás, o ano de 2015 pode ser considerado marcante na carreira de Giovanni, já que está no elenco da novela I Love Paraisópolis, na TV Globo, como Tadeu, filho de José Dumont e Tuna Dwek na trama, e contracena em cenas hilárias com Alexandre Borges, o trambiqueiro Jurandir; participa da série Vizinhos, de Luiz Villaça, que estreou em maio deste ano na GNT; e em breve estará também nas telonas com o filme Califórnia, dirigido por Marina Person, sobre a juventude paulistana dos anos 80, com o titã Paulo Miklos e Caio Blat.

Apesar dos louros que vem colhendo, Giovanni mantém o mesmo jeito tranquilo e despojado, cheio de ideias e sonhos, mas com muita “responsa”, como diria qualquer garoto de sua idade. “Estou no começo, cada novo trabalho dá uma ansiedade muito grande, fui para o Rio pela primeira vez e logo de cara ensaiei com atores incríveis como Alexandre Borges, e todos me ajudaram a descontrair e tirar a tensão”. Para ele, não basta ser um bom ator se não houver muita disciplina e um esforço conjunto de equipe: “aprendi em tudo que fiz até hoje que o respeito aos profissionais é fundamental para o sucesso do nosso trabalho como ator. É uma espécie de comunhão entre o pessoal da técnica, cenografia, preparadores de elenco, direção, os outros atores, que fazem as coisas fluírem. São momentos incríveis que passamos juntos. O ritmo é puxado, mas vale a pena”, diz Giovanni, bem empolgado.

A base de sustentação, ele, que já é papai, encontra na família, até para enfrentar a rotina diária e crescente de um profissional em ascensão. O Ensino Médio conseguiu concluir com o apoio de todos e da direção da escola que cursava na época. “O diretor do colégio teve a sensibilidade de apoiá-lo em plena gravação do filme, mas exigiu que estudasse e fizesse as provas”, lembra a mãe, Sandra, sempre presente em todos os momentos. Teve que interromper, momentaneamente, a faculdade de música, outra grande paixão, mas encontra tempo, entre uma pausa e outra das gravações, para ficar junto à família, na “casa dos Gallo”, no Belenzinho, em São Paulo, com aquele espírito típico de quem tem sangue italiano nas veias. Gosta, também, de expressar seus anseios através do grafite, e ainda consegue imaginar um mundo melhor e pensar o que pode fazer para contribuir. “Penso que se fizermos nossa parte, sem atrapalhar ou prejudicar ninguém, vamos viver num mundo melhor, não importa o tamanho da sua contribuição”, expõe com uma maturidade espontânea de quem ainda vê o mundo com olhos de menino.

Em relação ao trabalho como ator, sabe que o aprendizado é constante, mas já consegue fazer um balanço: “hoje consigo explorar áreas que antes não conseguia enxergar. Cada formato é um preparo diferente, outra linguagem, e eu tive a oportunidade de experimentar tudo isso logo no começo”, explica.

Sobre projetos de vida, não vacila em dizer que quer mais, que está aberto a novos convites. Com Paraisópolis, diz que conseguiu um papel quase que “por encomenda”, já que no roteiro inicial o Tadeu era um bailarino, e na trama acabou se tornando um rapaz apaixonado por futebol e grafite, bem urbano, que vive uma realidade dura de favela, mas com muito humor e alegria, sempre às turras com o pai, tudo de forma bem divertida. “Se tivesse que ser mesmo um bailarino, iria buscar entrar nesse universo do personagem”, faz questão de ressaltar.

Aos jovens que estão começando a carreira, dá a seguinte mensagem: “procurem desenvolver o que vocês têm de melhor dentro de vocês. Se for música, sigam em frente; se for trabalhar com números, tem que ir fundo, mas nunca desistam de seus sonhos porque sua hora chega”.

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