Jogos eletrônicos e o público 60+ 0 748

De acordo com pesquisa, 21% dos idosos acima de 60 anos jogam videogame com frequência

O setor de jogos eletrônicos mundial está em expansão, tendo movimentado mais de US$ 196,8 bilhões em 2022, segundo projeções da PwC. A pandemia de Covid-19 influenciou nesses números, visto que foi responsável por popularizar o trabalho remoto e, além disso, obrigou que as pessoas ficassem confinadas dentro de suas casas, proporcionando o aumento no número de jogadores.

Essa área, que antigamente era associada a crianças e adolescentes, hoje alcança um público extremamente plural e diverso. Inclusive, de acordo com a empresa de pesquisa Euromonitor, 21% dos idosos acima de 60 anos jogam videogame com frequência, o que demonstra que estão cada vez mais conectados com o universo digital.

Nesse sentido, a indústria brasileira de desenvolvimento de jogos está acompanhando o crescimento mundial. É o que afirma a 9ª edição da Pesquisa Game Brasil PGB), que constatou um acréscimo de 169% no número de estúdios desenvolvedores no Brasil em comparação a 2018 — de 375 para mais de mil.

Cenário brasileiro
Ricardo Nakamura, professor da Escola Politécnica (Poli) da Universidade de São Paulo (USP) e pesquisador do Instituto de Estudos Avançados (IEA), afirma que a migração para a distribuição digital é o principal fator da expansão do mercado de desenvolvimento e do consumo de jogos eletrônicos no País. “Na medida em que grande parte dos jogos digitais é distribuída pela internet, não mais no pacote físico, que tem que ser colocado numa loja e tem todos os desafios de logística, a gente vê essa expansão”, desenvolve.

Diante desse cenário, atualmente o Brasil é o maior mercado de games da América Latina e o 13º no ranking mundial, responsável por movimentar cerca de R$ 12 bilhões ao ano, de acordo com estimativas da Newzoo, e com investimento superior a mais de US$ 20 bilhões em empresas da área somente nesta década, segundo levantamento da XDS. Relativo à exportação, o relatório Brazil Games revelou que, em 2021, foi ultrapassada a marca dos US$ 50 milhões e os principais consumidores das produções nacionais são os Estados Unidos e a própria América Latina.

Futuro próspero
Segundo os relatórios que tratam da temática da indústria brasileira de jogos eletrônicos, existe a tendência de amadurecimento das pequenas e médias empresas da área — que já estão se mantendo no mercado há pelo menos cinco anos.

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