Chay Suede vive o dissimulado Mavi 0 2444

Os holofotes da fama acompanham Chay Suede há quase 15 anos. Ele, porém, só conquistou a certeza de qual trajetória artística iria seguir há uma década. Atualmente no ar como o vilão do horário nobre Mavi, de “Mania de Você”, o ator, que surgiu para o grande público na quinta temporada de “Ídolos”, nutria uma série de dúvidas sobre qual o espaço da música e da atuação em sua carreira. “Fui ter a certeza de que queria ser ator por volta de 2013/2014. Foi durante as preparações para ‘Império’. Naquele momento, eu entendi que nasci para ser ator e sou muito feliz com a minha escolha. Antes, eu me perguntava e me revezava ainda”, explica.
Cada vez mais à vontade na dramaturgia, Chay encara mais um papel de destaque no horário. Em “Mania de Você”, Mavi é um rapaz carismático, amoral e ambicioso. Filho de Mércia, papel de Adriana Esteves, com quem quase não tem contato, ele acredita que Nahum, de Ângelo Antônio, homem que o criou, seja seu pai. É formado em Tecnologia da Informação e vai acabar usando seus conhecimentos como hacker para manipular e brincar com a vida das pessoas.

No começa, tenta trabalhar na empresa de cibersegurança de Molina, seu pai biológico e patrão da sua mãe, vivido por Rodrigo Lombardi, mas é rejeitado. Salva Viola, de Gabz, que havia sido sequestrada pela gangue para quem fazia um trabalho, e se apaixona por ela. Em um segundo momento, acaba herdando a empresa de Molina e aí se torna mais perigoso. “O Mavi sempre foi um ‘outsider’, uma pessoa vivendo à margem… O Mavi vai tomar as oportunidades à força. Ele sonhou a vida toda em se aproximar da mãe e se inserir naquele universo que ela faz parte”, aponta

Pouco mais de um ano após o fim de “Travessia”, você retorna ao horário nobre no enredo de “Mania de Você”. O que chamou a sua atenção nesse novo projeto?
Eu fiquei muito entusiasmado quando recebi o convite. E, quando tive contato com os primeiros capítulos, minhas expectativas se confirmaram. Estou muito feliz em repetir a parceria com João Emanuel, e muito animado por todas as parcerias que esse projeto irá me proporcionar. São muitos detalhes artísticos gostosos de acompanhar nesse projeto.

De que forma?
Essa obra é sobre mistérios. Estamos fazendo um noir tropical. Principalmente nos primeiros capítulos. É algo sexy, colorido. Um noir tropical mesmo. É um suspense atrás do outro. Termina um e logo começa outro. Os personagens são, de fato, muita coisa, tridimensionais. São muitos sentimentos envolvidos, como amor, ódio, desprezo, excitação…

O Mavi é um personagem totalmente amoral e ambicioso. Você acredita que ele preencha todos os requisitos para ocupar o posto de vilão da história?
O Mavi é um vilão. Isso eu assino embaixo. Ele é um sujeito que recebeu muitas negativas da vida. São negativas da mãe, do grande amor da vida dele… Ele é desprezado. Isso faz com que ele se torne muito autocentrado. Acho que isso explica, mas não justifica essa perversidade do caráter dele. Acho até que isso cria uma empatia em relação ao personagem. Mas acredito que o Mavi ocupe a função narrativa do vilão.

Como assim?
O vilão vai muito além de ser perverso ou não. O vilão tem uma função narrativa para cumprir e isso permeia a história e os personagens. Cumpre uma trajetória narrativa. Assim como tem o arco do herói, tem o arco do vilão também. Não é qualquer personagem que é o vilão. O Ari, que eu fiz em “Travessia”, era mau caráter e vacilão, mas não era o vilão. Ele não cumpria uma série de prerrogativas dentro do melodrama. O Mavi, no entanto, é o vilão clássico, cumpre essas prerrogativas dentro da trama. Ele, porém, não é só mau. O Mavi, assim como todos os personagens do João Emanuel, é humano.

A trama de “Mania de Você” marca mais uma parceria sua com Adriana Esteves. Como está sendo contracenar com a atriz novamente?
É meu quarto trabalho com a Adriana. É uma parceria de muito amor. A gente se ama, se adora e se respeita. Estava torcendo pelo momento que trabalharíamos juntos novamente. Ela é o amor da minha vida. Preciso fazer muito pouco em cena quando estou com ela. É só olhar para ela que a cena acontece.

Você surgiu para o grande público durante o reality show “Ídolos”. Após tantos anos e diversas novelas, qual o espaço que a música ocupa na sua carreira?
A música sempre terá um espaço imenso na minha vida. Comecei no “Ídolos”, mas nem era cantor na época. Mas foi a música que me deu a oportunidade de virar ator. Não tenho nenhum projeto profissional voltado para a música há anos. Mas a música sempre está inserida na minha rotina. Hoje, no entanto, a minha profissão é de ator.

Em algum momento você ficou dividido entre a música e a atuação?
Não sei se na dúvida, mas hoje eu tenho certeza de que sou ator. Antes eu me revezava e me questionava. Depois de “Império”, por volta de 2013/2014, eu percebi que nasci para ser ator. Foi um trabalho que teve muito significado para mim e para a minha carreira.

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