Viver bem é o negócio 0 3684

Bruna Villegas, 28, é publicitária. Evelyn Diogo, 26, é administradora. A amizade, que nasceu há pouco mais de um ano, é considerada, por ambas, um encontro de almas. Juntas engataram um rumo complemente diferente para a vida e ainda inspiram outras pessoas a fazerem o mesmo.

Viagens, aventuras, esportes, amizades e muita aprendizagem são os lemas dessa dupla, que mora no Tatuapé. E foi assim, do desejo latente e em comum de explorar o mundo, que surgiu o projeto Vestindo a Alma, em março de 2014, um blog que traz o olhar de Bruna e Evelyn sobre viagens, esportes, treinamentos, alimentação, pessoas, valorização da natureza e tudo que elas acreditam que caiba no universo de uma vida feliz.

O projeto é a realização de um sonho antigo, especialmente de Bruna. “Aos 11 anos perdi meu pai de forma trágica, atingido por uma bala perdida, e tive que amadurecer rápido. Vivi com minha mãe e um irmão mais novo. Então, comecei a trabalhar cedo, com eventos. Fui recepcionista também. Paguei minha faculdade e, aos 23 anos, fiz a minha primeira viagem de avião para o México. Depois disso, não parei mais. Passei a juntar grana para viajar”, conta.

O destino também ajudou. Apaixonada por água e praia, Bruna aproveitou a oportunidade de emprego no marketing de uma empresa de turismo para colecionar carimbos no passaporte. “Esse trabalho foi essencial para chegar ao caminho que estou trilhando. Devo muito também às pessoas que conheci através dele”, diz.

Para ela, viajar é sair da zona de conforto e se atirar em algo novo. “É olhar para dentro, sem máscaras. Desperta sentimentos que não sabíamos que existiam, ou seja, é um autoconhecimento incrível, que te obriga a amadurecer e criar novas atitudes. Aliás, são elas que vão determinar cada próximo passo em uma viagem”, diz.

Formada em Comércio Exterior graças a uma bolsa de estudos, Evelyn também batalhou desde cedo para conquistar seu lugar ao sol – literalmente. Ligada aos esportes e à natureza, a jovem pegou gosto de explorar lugares diferentes depois de uma viagem de formatura. “Não tinha condições de bancar, então participei da organização para ganhar a ‘trip’. Peguei gosto.

Minha primeira viagem sozinha foi para o Canadá”, conta. E continua: “como entrei muito cedo no meio corporativo, descobri que viajar era uma forma de conseguir equilíbrio para não pirar”.

O encontro das duas não poderia ter sido melhor. “Não nos conhecemos em viagens ou passeios, e sim estudando no Método DeRose, que é uma proposta de alta performance física e qualidade de vida. A identificação foi imediata quando descobrimos as afinidades. Nossa amizade é diferente de qualquer outra. Existe uma sintonia sem igual e graças a ela nasceu nosso projeto. Estamos juntas o tempo todo, então construímos e lapidamos nossa amizade com cuidado redobrado”, conta Bruna.

A primeira viagem que fizeram juntas foi decisiva para o Vestindo a Alma ganhar forma e se concretizar. “Fomos passar um final de semana no litoral norte de São Paulo e tudo aconteceu. Conhecemos ilhas incríveis e pessoas sensacionais.

Conversamos muito sobre como levar uma vida plena todos os dias, fazendo algo em que realmente acreditássemos, e a sementinha do projeto foi plantada”, lembra Evelyn.

As amigas querem tornar o Vestindo a Alma rentável a ponto de conseguir partir para projetos sociais e ambientais

O EMPREENDIMENTO

Os convites para divulgação de marcas, produtos, aplicativos, eventos e lugares são fundamentais para o sucesso do Vestindo a Alma. “Dividimos momentos mágicos, de maneira sutil, com o público. As propostas são analisadas para ver se atendem ao nosso estilo de vida. Mas só falamos daquilo que vivemos e aprovamos. Não teríamos credibilidade se não fosse assim. Queremos inspirar as pessoas através das nossas próprias experiências. A intenção é mostrar que nem sempre é preciso seguir um molde de regras imposto pela sociedade. Existem alternativas para fazermos algo que amamos e viver a vida plenamente”, acredita Bruna.

Livre da rotina de trânsito, escritório, obrigações e horários, Bruna se dedica exclusivamente ao projeto há cerca de um ano, enquanto Evelyn ainda mantém o trabalho no ambiente corporativo e espera o momento ideal para fazer a transição. “Por enquanto, o Vestindo a Alma ainda não dá lucros. Estamos na fase de rentabilizar o projeto. Uma alternativa para isso foi a criação da nossa marca de roupas e acessórios. Porém, mais para frente, serão dois cenários diferentes. A ideia é que ele se sustente através dos anunciantes e parceiros, mas sem perder a essência”, diz Evelyn.

Segundo elas, a parte mais difícil é conquistar apoio para rentabilizar as viagens. “Mas todo trabalho tem os dois lados, basta saber o que pesa mais. Nosso hobby é o nosso trabalho”, diz Bruna.

Além de querer conquistar mais parceiros, a dupla dedica seus esforços para tornar o Vestindo a Alma rentável a ponto de conseguir partir para projetos sociais e ambientais. “Queremos nos afiliar a projetos sustentáveis, comprar um trailer, explorar a Ásia, o Havaí e conhecer Fernando de Noronha”.

E para quem sonha em se “libertar do terno e vestir a alma”, mas falta sorte ou coragem, a dupla deixa um recado: “Viver bem é estar em sintonia com o corpo e mente para viver e valorizar o momento presente, que é o mais importante de tudo. Por isso, se existe algo que realmente faz seu coração palpitar, é naquilo que você deve direcionar sua energia, persistir, investir seu tempo e criar oportunidades para que aquilo aconteça”.

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