Revelação esportiva 0 7192

À frente do Super Esporte, o jovem apresentador Thiago Oliveira levou dinamismo para a programação esportiva da TV Gazeta

Quem é fã de esportes e gosta de estar por dentro dos últimos acontecimentos do dia, certamente já teve a oportunidade de conhecer um pouco do talento e desenvoltura de Thiago Oliveira, 26, à frente do Super Esporte, programa da TV Gazeta. Ele faz parte de uma nova geração de apresentadores de programas esportivos que, assim como Tiago Leifert, o “astro” do Globo Esporte, têm dado uma nova cara a programas que, antigamente, só eram vistos por homens apaixonados por futebol e hoje em dia são comentados até por mulheres e donas de casa que pouco ligavam para os programas esportivos.

Morador do Jardim Anália Franco, Thiago diz logo de cara que não gosta de ser comparado com Leifert. “Sou fã dele. Tiago Leifert é uma referência para essa nova forma de fazer jornalismo esportivo. Admiro-o, tanto quanto curto o trabalho do Milton Leite, mas faço o meu trabalho ter a minha cara. Não existe nenhum tipo de rivalidade entre nós, sempre acompanhei o trabalho do Tiago, por amar esporte, mas não sou cópia”, aponta.

Segundo Oliveira, a comparação acontece porque o povo brasileiro estava acostumado a um perfil mais formal de programa de esporte, quando o Leifert chegou à mídia e revolucionou, virou ícone. “Aí, aparece mais um, como eu, que tem a mesma linguagem. Muita gente encara isso de forma positiva. Já ouvi muito pelas ruas: ‘puxa que bacana, mais um que trouxe essa ideia diferente para a TV’; e acho esses comentários muito construtivos. O que não gosto é das comparações negativas. Se fosse cópia, não precisaria estudar para criar”, coloca. 

Formado em Rádio/TV e pós-graduado em Jornalismo, o comandante do programa Super Esporte começou sua carreira artística na programação da madrugada da Rádio Cidade, que abriu as portas para grande parte de suas conquistas. “Já meu primeiro contato com a TV, foi produzindo o programa da Sonia Abrão, A Tarde é Sua. De lá, para as telas do BestShopTV foi um pulo”, lembra. “Entrei no Best para que as pessoas conhecessem o meu trabalho, para marcar minha identidade, meu perfil. Por mais que tivesse toda a bagagem de bastidores, quando entrei no ar foi totalmente diferente, aprendi a conversar com o público, ter intimidade com as câmeras e passar credibilidade. Foi uma experiência única e inesquecível!”, lembra.

Hoje com muito mais experiência, ele apresenta o Super Esporte de forma descontraída e bem humorada. “Consegui criar uma identidade legal para o programa; a emissora me deu toda a liberdade de escolher desde a linguagem e o perfil da atração, até o posicionamento de luz, mudança de câmera e etc.”, revela, destacando ainda que, apesar de trabalhoso, esse desafio foi altamente prazeroso: “fiz dois pilotos para definir com a equipe como seria a interação com o público, mas não planejei muito, deixei tudo fluir naturalmente e o resultado, não poderia ser melhor”.

Apaixonado por futebol, ele prefere não revelar para qual time torce

ROTINA, BEM-ESTAR E FUTEBOL

Aulas particulares de inglês, natação e treinos diários fazem parte do agitado dia a dia de Oliveira. “Depois de estudar e me exercitar, assisto a TV, leio jornais e internet para saber das últimas notícias do esporte. Por volta das 15h30, chego à TV para começar a reunião de pauta, discutir os temas e assuntos do dia, definir a sonoplastia, a linguagem de cada reportagem e, finalmente, gravar os offs que vão para o ar às 22 horas”, conta o apresentador, que só dorme depois de acompanhar tudo que os internautas postaram no Twitter sobre o programa.

Apesar do programa só ir ao ar de segunda a sexta, o apresentador não desgruda os olhos dos jogos e rodadas de todas as modalidades esportivas, aos finais de semana. “Descanso na medida do possível, tento relaxar, desencano um pouco da alimentação saudável, mas não posso me desligar totalmente do mundo nunca, senão o que vou falar na segunda-feira”?

Apesar do profissionalismo, Oliveira não esconde a emoção em falar sobre futebol. “Sempre fui apaixonado. Aliás, quem nesse País não é? Mas na verdade, temos que dedicar 70 a 80% das edições ao futebol, porque é o que o nosso público quer saber, ama, idolatra!”. E, falando em preferências, a pergunta que não quer calar: para qual time Thiago torce? “Brasil, é claro”, ri. “Se falar que torço pro time ‘X’, o dia que eu comentar sobre ele vão dizer estou puxando o saco ou se criticar o rival, os torcedores vão cair matando, mesmo que seja verdade. Eu consigo separar as emoções, mas o público não consegue enxergar o profissionalismo. Seria legal falar, mas a rejeição das pessoas seria inevitável, muitos até parariam de assistir”.

TV x RÁDIO

Apaixonado por rádio, Oliveira defende o veículo como um meio que brinca com a imaginação, “mas infelizmente não dá mais dinheiro”, diz. Para ele, é um universo muito diferente da TV, porém não menos interessante. “No rádio, um segundo que você deixa de falar, parece uma eternidade, um silêncio imenso. A voz é o único instrumento de comunicação, por isso exige muita habilidade e competência do profissional, ou seja, é uma ótima escola”. O apresentador também não poupa palavras para descrever o amor que tem pela TV. “Eu amo fazer ao vivo, conversar e ‘olhar’ para o meu público, a imagem fala por si só. E como sempre digo: a TV é uma mentira e trabalhando nela, descobrimos que é verdade. Ela é um verdadeiro mito e vício fascinante – eu não vivo mais sem”.

Para o próximo semestre, Oliveira planeja ter um programa de rádio e investir em um novo portal na internet, diferente de todos os trabalhos já realizados – tudo sempre ligado ao esporte. “Meu objetivo é estar em Londres, cobrindo as minhas primeiras Olimpíadas como profissional. Tenho batalhado muito para chegar lá, me reinventando, traçando e alcançando novos objetivos”, finaliza. Por falta de torcida, não vai ser!

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